As Infecções Sexualmente Transmissíveis e sua influência na História 2ª Parte
Abordaremos as 6 principais ISTs que ocorrem no Brasil.
São elas:
AIDS/HIV
Sífilis
HPV
Gonorreia
Herpes Genital
Hepatite B ou C
AIDS/HIV
A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).
Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
A pessoa fica com o sistema imunológico enfraquecido e pode pegar outras infeções e com isso morrer, é muito comum um paciente com AIDS desenvolver doenças como tuberculose e pneumonia.
Tratamento
A AIDS NÃO TEM CURA, apenas tratamento, com remédios:
Segundo informação do MS,2019 os Antirretrovirais “agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura.
Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a aids. A boa adesão à terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV (PVHIV), independentemente da carga viral.”
Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv
Um pouco da História do HIV
Fonte: https://www.drakeillafreitas.com.br/historia-do-hiv/
Por volta de 1884, em algum lugar na África Central, um caçador mata um chimpanzé, algum sangue do animal entra no corpo do caçador, possivelmente por uma ferida aberta. Este sangue carrega um vírus que é inofensivo para o chimpanzé, porém letal para o ser humano, um vírus que mais tarde receberia o nome de HIV. O vírus se espalha entre os seres humanos, mas as mortes causadas por ele são atribuídas a outros fatores.
1981 em junho, é publicado em revista médica, o primeiro caso de morte em um homem gay jovem por pneumonia, uma pneumonia grave causada por um fungo, capaz de causar doença apenas em pessoas com imunidade muito baixa.
Em 1982 a Síndrome recebe o nome de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS. Ainda não se sabe o que causa a síndrome.
Confirmados os primeiros casos de AIDS no Brasil
Chamada de Doença dos 5 Hs: Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers (profissionais do sexo em inglês)
Em 1983 isolado o vírus. Foi instituído o primeiro teste diagnóstico licenciado para os bancos de sangue testar os sangue de doadores.
Em 1986 dado o nome oficial de HIV, inicio do uso do AZT, pra tratamento da AIDS.
Entre 1988-1990, cientistas descobrem que o vírus circula no sangue e vai reduzindo a imunidade, muito antes do aparecimento dos sintomas da AIDS
O objetivo do tratamento passa a ser manter os níveis de vírus no sangue baixos.
Entre 1991-1992, o laço vermelho torna-se o símbolo da consciência sobre a AIDS
Entre 1993-1994 a AIDS se torna a principal causa de morte no mundo entre pessoas de 15 a 59 anos.
1996-1997 Inicio da Era TARV (Tratamento Retrovital). Início do uso do coquetel (zidovudina + Didanosina) para tratamento do HIV. O tratamento é capaz de reduzir a taxa viral a níveis quase indetectáveis no sangue e reduz as mortes por HIV em 40%.
Entre 2016-2017 – Centro de Controle de doenças dos Estados Unidos, define que pessoas com Carga Viral indetectável não transmitem o vírus, mesmo em relações sexuais sem preservativo. É a campanha U=U (undetectable is untransmittable) ou seja, I=I (Indetectável é igual a Intransmissível)
Sífilis
Sífilis é uma IST causada pela bactériaTreponema pallidum.
A principal forma de transmissão da sífilis é por meio da relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada. Além disso, a doença pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.
Classificação
A sífilis é classificada de acordo com o seu estágio de infecção
1) Sífilis primária
A sífilis primária é a que ocorre assim que há a infecção pela bactéria Treponema pallidum. Cerca de três a quatro dias após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção, normalmente na região genital.
Não é possível observar mais sintomas e ela pode passar despercebida, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas da sífilis desaparecem em cerca de até 10 dias, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.
fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sifilis
2) Sífilis secundária
A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio.
Aqui, o paciente pode apresentar vermelhidão pelo corpo (exantema), coceira, aparecimento de íngua (gânglios inchados) nas axilas e pescoço.
Aparecem também sintomas como dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento após umas duas semanas e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo. Nesta fase o vírus ainda é transmissível ao se ter contato com a região da infecção.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sifilis
3) Sífilis terciária
É a mais difícil de ser detectada, pois têm sintomas em grandes vasos (como a aorta), cérebro, olhos, coração, juntas e até mesmo dentro do sistema nervoso. Ai ela pode causar dor de cabeça, epilepsia, e é um diagnóstico um pouco mais complicado.
4) Sífilis latente
Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por muito tempo sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.
5) Sífilis congênita
A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença.
No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.
Tratamento
Se diagnosticada nos estágios primário, ou secundário a sífilis pode ser tratada com penicilina e tem índices de cura muito altos. O diagnóstico na fase terciária tem tratamento mais difícil, pois é preciso localizar onde a bactéria está alojada.
Em casos de sífilis congênita, o ideal é que a criança seja tratada desde bem cedo, para evitar complicações mais graves.
Prevenção
O uso da camisinha e ter relações sexuais seguras são a melhor forma de prevenir a sífilis. A camisinha é medida preventiva não só para sífilis, mas também para todas as outras ISTs.
HPV
O HPV é causado pelo Papilomavírus Humano que resulta no aparecimento de verrugas na região genital após contato íntimo com pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer apenas pelo contato do pênis com a vagina, sem a troca de fluídos.
Existem mais de 100 tipos do vírus HPV, sendo que somente 4 deles estão relacionados ao câncer. Os tipos 16 e 18 causam cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, enquanto que os tipos 6 e 11 causam cerca de 90% das verrugas genitais.
De evolução crônica e de cura difícil de ser alcançada, sendo importante que o diagnóstico seja feito logo nos sintomas iniciais.
Devido ao aspecto das verrugas genitais, o HPV também pode ser conhecido condiloma acuminado, crista de galo, figueira e crista de cavalo, por exemplo.
O tratamento pode ser feito com o uso de pomadas ou soluções que devem ser aplicadas no local das verrugas com o objetivo de eliminar as lesões causadas pelo vírus e fortalecer o sistema imunológico.
Fonte: https://www.tuasaude.com/hpv-cura-transmissao-sintomas-e-tratamento/
Sintomas
Eles podem demorar entre e meses e anos para se manifestar, sendo isso influenciado pelo sistema imunológico da pessoa e carga viral, ou seja, quantidade de vírus circulantes no organismo.
O sintoma mais característico de HPV é o aparecimento de várias pequenas verrugas na região íntima masculina ou feminina.
Nos casos das mulheres, as verrugas também podem estar presentes no colo do útero, não sendo facilmente visíveis, e não estar presente na região externa feminina. Assim, o diagnóstico do HPV deve ser pelo exame clínico-visual e confirmado pelo exame papanicolau ou biópsia das verrugas.
Tratamento
O tratamento para HPV dura em média 2 anos e é importante que seja feito conforme a orientação do médico mesmo que não existam sintomas, dessa forma é possível alcançar a cura mais facilmente.
Os remédios indicados pelo médico têm como objetivo fortalecer o sistema imune e eliminar as lesões formadas pelo HPV, podendo ser indicado:
Uso de pomadas e de soluções aplicadas pelo médico em consultório;
Cirurgias de cauterização (laser) realizadas de tempos em tempos pelo médico.
Como Prevenir
Assim como as demais ISTs a forma mais simples de prevenir e usando preservativos ao ter relações sexuais, mas também já existe a opção da vacina.
A vacina contra o HPV é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos e serve para diminuir o risco de câncer do colo do útero, de pênis e ânus. A vacina é gratuita para todas as meninas entre 9 e 13 anos de idade porque tem uma eficácia de 100% quando é administrada antes do primeiro contato íntimo. A partir dos 14 anos de idade, quem desejar tomar a vacina contra o HPV deve comprá-la na farmácia.
Quem já teve contato íntimo ou já possui HPV também pode tomar a vacina porque ela protege contra outros tipos de HPV. Após a toma da vacina ainda é necessário usar preservativo em todas as relações sexuais para evitar a contaminação com outros vírus do HPV.
Gonorreia
Causada pela bactéria chamada Neisseria gonorrhoea,ou gonococo.
Altamente contagiosa, transmitida através do contato sexual ou pela passagem do recém-nascido pelo canal de parto. Infecta as mucosas do trato genito-urinário, podendo também acometer reto, boca e conjuntiva ocular.
Algumas mulheres podem ter a doença sem, no entanto, apresentarem sintomas. Esses aparecem aproximadamente dez dias após o contato. Nestas, dores na região inferior do abdome, hemorragia e dor ao urinar podem aparecer. Nos homens, inflamação, incômodo ao urinar e secreção com pus – características semelhantes às que ocorrem quando há infecção anal, Ínguas na região da virilha podem aparecer.
Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/doencas/gonorreia.htm
Tratamento
O tratamento da Gonorreia é simples, sendo feito da mesma maneira para homens e mulheres. Atualmente indica-se o tratamento com dose única de antibiótico.
O parceiro deve ser sempre investigado e tratado.
Indica-se abstinência sexual até que todos os sintomas desapareçam. Nos casos assintomáticos, deve-se evitar relações por pelo menos uma semana após o tratamento. É possível contrair gonorreia mais de uma vez na vida.
Normalmente a Gonorreia está associada a Clamídia, outra IST, que deve ser tratada, feita também com antibióticos.
Prevenção
A prevenção basicamente é relação sexual com preservativo.
Herpes Genital
Herpes Genital é causada por vírus e que ataca a pele ou as membranas mucosas dos genitais. Mais comumente transmitido nas relações sexuais, pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa).
Mas você também pode contrair herpes a partir do contato com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando NÃO há lesões visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com a saliva ou com fluidos da vagina de uma pessoa infectada.
Como o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há sintomas ou lesões presentes, um parceiro sexual que tenha sido infectado com herpes no passado, mas que não tem lesões ativas da doença, pode transmitir a infecção a outras pessoas.
Fatores de risco
Os fatores para herpes genital incluem:
Ter mais de um parceiro sexual
Manter relações sexuais sem camisinha
Fonte: https://salmicroblog.wordpress.com/2017/05/12/das-ulceracoes-a-prevencao-conhecendo-melhor-o-herpes/
O Herpes genital pode ter dois tipos:
1) Vírus do Herpes simples tipo 1 (HSV-1)
Normalmente associado a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas têm o primeiro contato com este vírus na infância.
O HSV1 frequentemente causa feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como afta, ou infecção do olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite).
Pode ser transmitido por meio de contato com a saliva infectada. A maioria das pessoas contrai herpes oral quando são crianças, recebendo um beijo de um amigo ou parente.
2) Vírus do Herpes simples 2 (HSV-2)
Normalmente transmitido sexualmente, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas genitais. Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência).
A infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital.
Sintomas
Fonte: https://emagrecimentonasaude.com/o-que-e-herpes/
Tratamento
Ainda não há cura para Herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir que ela cause complicações mais graves e que se espalhe pelo corpo. Esse tratamento é feito com antivirais.
O acompanhamento médico age para amenizar os sintomas e para não transmitir herpes para outras pessoas.
Complicações possíveis
Herpes genital não tratada pode acarretar em problemas mais graves, a exemplo de:
Infecção de recém-nascidos: ocorre por meio do contato do bebê com vírus durante o trabalho de parto;
Problemas de bexiga;
Meningite;
Retite (inflamação do reto)
Infecções graves.
Prevenção e Cuidado
A melhor forma de se prevenir Herpes genital e outras doenças ISTs é fazendo uso de preservativos durante atos sexuais.
Na gravidez, se a mãe for diagnosticada portadora da Herpes genital, o médico recomendará o uso de medicamentos antivirais para evitar que o bebê contraia a doença durante o parto. Em último caso, a cesariana pode ser considerada também como uma opção.
Alguns cuidados básicos, ainda, podem ajudar o paciente a lidar melhor com a doença, curar as lesões mais rapidamente e impedir sua recorrência, como:
Não use meias-calças, roupas íntimas ou calças de nylon ou de outros materiais sintéticos.
Opte por roupas de algodão confortáveis.
Lave a região suavemente com água e sabonete neutro.
Tome banhos mornos pode aliviar a dor (depois do banho, mantenha as bolhas secas)
Hepatite B
A Hepatite viral B é causada por um vírus pertencente à família Hepadnaviridae, o vírus da hepatite B (HBV), agride o fígado.
O HBV está presente no sangue e secreções, e a Hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.
Contudo, algumas infecções permanecem após esse período, mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue. Nesses casos, a infecção é considerada crônica.
Em adultos, cerca de 20% a 30% das pessoas adultas infectadas cronicamente pelo vírus B da hepatite desenvolverão cirrose e/ou câncer de fígado.
Modo de Transmissão
O HBV pode sobreviver por períodos prolongados fora do corpo e tem maior potencial de infecção que os vírus da hepatite C (HCV) e da imunodeficiência humana (HIV), em indivíduos suscetíveis. As principais formas de transmissão são:
Relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto;
Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança;
Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade);
Transfusão de sangue não testado
Sintomas
A história natural da infecção é marcada por evolução silenciosa, geralmente com diagnóstico após décadas da infecção. Os sinais e sintomas, quando presentes, são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença, na forma de cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre e dor abdominal. A ocorrência de pele e olhos amarelados é observada em menos de um terço dos pacientes com hepatite B.
Diagnóstico
Através de exame de sangue que detecta a presença do HBsAg na amostra de sangue.
Tratamento
O tratamento é realizado com antivirais específicos, disponibilizados no SUS. Além do uso de medicamentos, quando necessários, é importante que se evite o consumo de bebidas alcoólicas.Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a infecção pelo vírus da Hepatite B, mas podem retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo.
Prevenir
A vacinação é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura. A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização.
Além da vacina, outros cuidados ajudam na prevenção da infecção pelo HBV, como usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal – tais como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.
A testagem das mulheres grávidas ou com intenção de engravidar também é fundamental para prevenir a transmissão da mãe para o bebê. A profilaxia para a criança após o nascimento reduz drasticamente o risco de transmissão vertical.
Alguns cuidados também devem ser observados nos casos em que se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pelo HBV, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. As pessoas com infecção devem:
ter seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau testados e vacinados para hepatite B;
utilizar camisinha durante as relações sexuais se o parceiro não for imune;
não compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal ou outros itens que possam conter sangue;
cobrir feridas e cortes abertos na pele;
impar respingos de sangue com solução clorada;
não doar sangue ou esperma.
Hepatite C
A Hepatite C é um processo infeccioso e inflamatório, causado pelo vírus C da hepatite (HCV) e que pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum.
A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter silencioso, que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tronam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo.
Modo de Transmissão
Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
Reutilização de material para realização de tatuagem;
Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança;
Uso de sangue e seus derivados contaminados;
Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
Transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).
A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.
Sintomas
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro; cerca de 80% delas não apresentam qualquer manifestação. Por isso, a testagem espontânea da população prioritária é muito importante no combate a esse agravo.
Diagnóstico
Em geral, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue.
Tratamento
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas.
Todas as pessoas com infecção pelo HCV podem receber o tratamento pelo SUS.
Prevenção
Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção, é importante:
Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente etc.);
Usar preservativo nas relações sexuais;
Não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;
Toda mulher grávida precisa fazer, no pré-natal, os exames para detectar as hepatites B e C, o HIV e a sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.
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