Reinos Africanos - 7º Ano

Reinos Africanos


África do Norte

Egito Antigo norte da África foi criada uma das civilizações mais fascinantes do mundo: a egípcia. Com mais de três mil anos de duração, construíram cidades impressionantes e deixaram um legado nas ciências, astronomia e arquitetura.

Império Cartaginês união de várias cidades do norte da África que faziam sombra ao Império Romano.

África Oriental

Império de Gana– séc. 8 a 11 – baseava-se no comércio de ouro com os reinos africanos e cidades mediterrâneas cujos mercadores levavam para a Europa. A prosperidade termina devido ao esgotamento das minas e dos constantes assaltos às caravanas.

Império do Mali– séc. 13 a 18 – era um cruzamento de caravanas que vinham do sul e traziam sal, ouro, especiarias e couro. O império era imensamente rico e o imperador Mansa Moussa, um devoto muçulmano, quando fez sua peregrinação a Meca, foi acompanhado de mais de seis mil pessoas e incontáveis somas de prata.

África Ocidental

Império da Etiópia– 1270 -1975 – ocupou os territórios da Etiópia e da Eritreia. Conhecido também como Abissínia, conseguiu afastar os invasores árabes e turcos e foi o único império africano a resistir ao colonizador europeu. Mesmo os italianos jamais conseguiram dominá-lo totalmente.

Sul da África

Reino do Congo– 1390 – 1914 - constituía o local onde hoje é o norte de Angola, o atual Congo e uma parte do Gabão. Liderado pelo macongo, o reino do Congo foi independente até o século XVIII quando passou a condição de vassalo de Portugal.

Sultanato de Kilwa – séc. 10-13 – o território era habitado por bantos que foram conquistados por muçulmanos. Dominou a costa do sudoeste africano e suas principais cidades incluíam Mogadíscio, Mombassa e as ilhas de Pemba e Zamzibar, entre outras

Zulus – 1740 – 1879. O reino zulu estava localizado nas terras onde estão África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. Foram os primeiros a perceber o perigo da permanência do colonizador branco e lutaram contra os britânicos, mas foram derrotados.

Vejam os vídeos:

África antes do Século XV:


A África e os africanos antes da chegada dos europeus e 6 reinos africanos:


Reinos Africanos:

África no Período Medieval

O comércio e o surgimento das cidades

A necessidade das cidades litorâneas de se abastecerem de matérias-primas, junto ao interesse das regiões do interior em adquirirem certos bens suntuários, fez com que surgisse entre elas importante intercâmbio comercial.

O comércio na África Ocidental

O ritmo dos contatos transaarianos aumentou no século VIII d.C. quando os mercadores muçulmanos vindos do litoral do norte da África começaram a penetrar nas regiões do Subsaara.

Do século XI ao XVI, as relações comerciais estabelecem-se entre o Sudão e o Norte de África. A estreita ligação da Península Ibérica com a África e através do Islão garantiu um fluxo de ouro quase ininterruptamente durante boa parte do período medieval. O ouro era principalmente extraído de jazidas situadas na África ocidental. Em torno de 1350, pelo menos dois terços da produção mundial de ouro vinham da África Ocidental. Ele era encaminhado através do Saara.

As rotas transaarianas

Para os mercadores muçulmanos, o deserto do Saara era como um oceano, com “portos comerciais” nos limites sul e norte, onde estabeleceram colônias e quartéis. Transportaavam objetos de valor, como lâmpadas de óleo, vidro, cerâmica fina, conchas de cauri e sal para os territórios da África negra ao sul do Saara. Em troca obtinham peles, escravos, produtos da selva e da savana, como marfim, ébano e ouro.
A escassez de água e os contínuos ataques às caravanas não impediram que os comerciantes muçulmanos desenvolvessem um intenso comércio.

O comércio na África Oriental

Os mercadores árabes começaram a comercializar e a estabelecer-se ao longo do litoral da África Oriental no século IX, criando prósperas cidades comerciais.

O comércio árabe exerceu um grande estímulo sobre o desenvolvimento econômico e social do interior. Como na África Ocidental, os primeiros assentamentos comerciais islâmicos foram logo seguidos pelo desenvolvimento de Estados centralizados nas regiões florestais de onde se obtinham valiosas matérias-primas, como ouro, marfim, chifres, couros e escravos. O comércio no interior da África Oriental ficou nas mãos de uma poderosa elite que controlava a exportação de matérias-primas para o litoral e utilizava as importações e os artigos de metal produzidos na região para mostrar seu prestígio e nível social.

Surgimento de cidades e estados

O comércio foi fator decisivo e o contato com os mercadores islâmicos foi fundamental para o aparecimento das cidades situadas ao longo das rotas das caravanas, no interior e na costa tanto ocidental como oriental.

Um estado pode emergir quando um grupo determinado, normalmente da aristocracia, resolve controlar algumas minas de ouro, o comércio do sal, marfim e as rotas comerciais. Esta aristocracia, rodeada de uma clientela numerosa, assegura o domínio sobre os outros grupos sociais, camponeses livres ou servos, artesãos, e às vezes comerciantes. Cada aldeia tinha que pagar tributo, símbolo da sua dependência. 

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